Thiago Guimarães apresenta : Balada Negra I Sob o céu nublado agora Paira sob a derradeira hora A luz da lua de Pandora Abre a caixa de males lá fora Céu negro, turvo se apresenta A lua se esconde isenta Ao uivo de longe da fera Não mais crianças na rua A grande esfera está nua II Da terra apenas a sombra azul verás filho terrestre Pois veio a peste negra e devorou os olhos dos filhos teus Negra como a noite a doença em seu apogeu Sangrando pelos olhos e pelas narinas, como sangram usuários de cocaína, condenados Trazem a morte em seus semblantes gelados e pálidos da morte voraz Pelos campos desertos e estéreis, cavalga a morte com sua foice e capuz Pelas searas reluz o vermelho vivo do sangue da peleja entre o homem e a peste negra IV Porém, pairando entre os corpos, cheirando o aroma de sangue e podridão, ao longe Voa o bruxo com seu corvo no ombro, ri então Com seus dentes podres de ancião Anda por entre a morte Gostando do que vê, se vangloria Da mo